Postado em 05/02/2021
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivÃduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade, que podem começar a aparecer aos 12 anos e acometem pelo menos 5% das crianças.
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas: Desatenção (mais comum as meninas) e Hiperatividade- impulsividade (mais comum aos meninos).
Entre alguns comportamentos estão: dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como “avoadasâ€, “vivendo no mundo da lua†e geralmente “estabanadas†e com “bicho carpinteiro†ou “ligados por um motor†(isto é, não param quietas por muito tempo).
O pediatra Solon Santana Fontes Filho, responsável pelo ambulatório de neurologia infantil do Instituto Bahiano de Reabilitação, do Instituto Pestalozzi de Reabilitação e da Fundação de Neurologia e Neurociências, explica que o preconceito com os distúrbios pode dificultar o tratamento. "Ainda há bastante preconceito em relação à investigação e tratamento de qualquer distúrbio relacionado à s faculdades mentais, e isso leva a uma negação por parte de alguns pais e educadores, dificultando o tratamentoâ€.
De acordo com ele, o uso de medicação é, sem dúvida, o aspecto mais controverso do tratamento, muitas vezes colocando em lados opostos os desejos da famÃlia, a opinião dos terapeutas e a prescrição do médico. “Há nÃveis diferentes de comprometimento, bem como de resposta à s intervenções ambientais e terapêuticas. E também há muita mistificação seja, pela exacerbação de efeitos colaterais, ou por grandes expectativas de resposta terapêutica. É necessário tomar uma decisão conjunta, bem discutida, e que leve em conta a visão de cada ator do processo, incluindo o interesse da criança e a opinião do adolescenteâ€, destaca o médico.
Fique atento e se tiver dúvidas consulte um psicólogo ou clÃnico.
Fonte: Associação Brasileira do Déficit de Atenção / ABM