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Obesidade

Postado em 10/04/2007


OBESIDADE

O QUE É?

A obesidade, por definição, significa excesso de gordura corporal, que leva a um aumento na freqüência de várias doenças, algumas graves, com importante prejuízo à saúde.

COMO É REALIZADO O DIAGNÓSTICO?

A forma mais recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal) que é o peso da pessoa (P) dividido pela sua altura (A) elevada ao quadrado. É uma medida utilizada para avaliar se há obesidade.

IMC (kg/m)   Grau de Risco         Tipo de Obesidade
18 a 24,9          peso saudável           ausente
25 a 29,9          moderado                  sobrepeso (pré-obesidade)
30 a 34,9          alto  obesidade           grau I
35 a 39,9          muito alto obesidade   grau II
40 ou mais        extremo obesidade     grau III (mórbida)

QUAIS SÃO OS TIPOS?

Outra questão que vem recebendo maior importância nos últimos anos é a forma com que a gordura corporal se distribui no corpo.

Estudos indicam que as complicações da obesidade são mais freqüentes se a gordura está localizada predominantemente no tronco. Para saber de forma objetiva como se distribui a gordura corporal, foi criado o índice chamado relação cintura-quadril, que é a medida da cintura dividida pela do quadril.

Se ela for maior do que 1, em homens, ou maior do que 0,8, em mulheres, existe um maior risco para a associação de outras doenças, sendo classificada em:

? Obesidade difusa ou generalizada – O tecido gorduroso se distribui de maneira homogênea por todo o corpo;

? Obesidade andróide ou troncular (ou centrípeta) – O paciente apresenta uma forma corporal tendendo à maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares (Síndrome Plurimetabólica);

? Obesidade ginecóide – A deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.

QUAIS SÃO AS CAUSAS?

Dois por cento da população de obesos têm problemas glandulares, 8% possuem patologias de pâncreas, 30% têm hábitos alimentares errados e cerca de 60% sofrem de conflitos emocionais.

Nas diversas etapas do desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente socioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar.

A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Associam-se a isto maus hábitos alimentares, problemas emocionais e tendência a fazer menos exercícios físicos, provocando a ingestão de energia maior do que o seu gasto diário.

Outro fator que leva à ingestão exagerada de alimentos é a falta de acontecimentos bons e realizações na vida. Muitas vezes, quando há problemas emocionais (ansiedade, perdas, tensão, excesso de obrigações, etc.), o indivíduo utiliza a comida como um forma de compensá-los. Desta forma, para emagrecer é preciso que se investigue a fundo cada um desses fatores.

A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser:
? Apnéia do sono;
? Aumento da insulina;
? Câncer;
? Coledocolitíase;
? Diabetes Mellitus tipo II;
? Diminuição de HDL;
? Distúrbios lipídicos;
? Distúrbios menstruais;
? Doenças cardiovasculares;
? Doenças cérebro-vasculares;
? Hipercolesterolemia;
? Hipertensão arterial;
? Infertilidade;
? Intolerância à glicose;
? Osteoartrite.

COMO É O TRATAMENTO?

Envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de alguns medicamentos auxiliares.

Dependendo da situação de cada paciente, pode ser indicado o tratamento comportamental, envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.

Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, a ingestão calórica total é reduzida, bem como o ganho calórico decorrente desta. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social (psicoterapia individual, em grupo ou familiar).

Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de re-forço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso. A prática de exercícios apresenta uma série de benefícios, além de resultar em gasto enérgico, para o paciente obeso, melhorando o tratamento. São alguns desses benefícios:
? Diminuição do apetite;
? Aumento da ação da insulina;
? Melhora do perfil de gorduras;
? Melhora da sensação de bem-estar e auto-estima.

Não são recomendadas dietas muito restritas devido a riscos metabólicos graves, acidose e arritmias cardíacas. São exemplos de dietas não recomendadas: comer apenas alguns alimentos (exemplo: dieta do abacaxi); ingerir apenas líquidos; alimentar-se somente com alimentos ricos em gordura e proteína, entre outros.

Os especialistas estão chegando a conclusão de que simplesmente proibir as pessoas de comer determinados alimentos não leva à perda de peso definitiva (o efeito sanfona). Indica-se o plano alimentar que sugere várias refeições ao dia, libera todo tipo de comida consumida com moderação e, o mais importante, mostra como alterar os hábitos devagar e para sempre.

Os casos que necessitam de cirurgia são exclusivamente aqueles classificados como obesidade mórbida (grau III).

A utilização de medicamentos como auxiliares no trata-mento do paciente obeso deve ser realizada somente com orientação médica, não sendo em geral o aspecto mais im-portante das medidas empregadas. Dependendo da com-posição farmacológica, estes apresentam diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves, tais como arrit-mias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química.

OS ALIMENTOS DEVEM SER CONSUMIDOS EM PROPORÇÕES ENERGÉTICAS BALANCEADAS, PARA QUE HAJA UM EQUILÍBRIO. CADA INDIVÍDUO TEM UMA NECESSIDADE ESPECÍFICA, POR ISSO, ANTES DE INICIAR  SEU PLANO ALIMENTAR, CONSULTE UM NUTRICIONISTA.